terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ecologia e Cidadania

Introdução
“Ecologia e Cidadania”, de Carlos Minc, é um livro que retrata temas bastante abordados no mundo atual, principalmente por instituições e fundações voltadas ao meio ambiente. Sempre vemos notícias ou polêmicas sobre tais assuntos, mas nunca levamos muito a sério e acabamos deixando tudo de lado, afinal, “o mundo não irá acabar enquanto eu estiver vivo, para quê irei me importar?”. A questão é pensar e agir corretamente, compreender a Ecologia de uma forma mais ampla notando sua relação com a cidadania. Problemas ambientais e sociais estão fora de controle, e atividades desnecessárias que poderiam estar voltadas a resolução dos mesmos estão ligadas a coisas de menos importância. Questões como poluição de rios, extinção de animais, esterilização de mulheres, proliferação de doenças, desmatamento, degelo, poluição e aquecimento global vem piorando cada vez mais. Até quando a vida mineral, animal e humana sofrerá danos? Por que o poder público, as empresas privadas e o cidadão não agem? Temos de dar valor à vida e a questões ecologicamente corretas, cuidarmos do que destruímos, cuidarmos do mundo. Os seres vivos dependem dele, e agora ele também depende de nós.


O livro alerta os leitores sobre problemas que estão ocorrendo, não só com o planeta, mas também com as pessoas, mostrando os malefícios que o pensamento capitalista pode trazer. Por exemplo, as mulheres buscam um padrão de beleza, uma beleza estética perfeita, e acabam modificando o corpo sem necessidade. Assim como essas modificações, as cesáreas e cirurgias sem necessidade são muito arriscadas, podendo levar a morte. Coisas que são desnecessárias estão subindo à cabeça de todos por puro marketing. Este marketing é o mesmo que acaba levando garotas à virarem bulímicas e anêmicas, apenas para se sentirem inseridas na sociedade. Até quando isso? Até quando doenças vão matar, e problemas que parecem ser tão pequenos vão continuar? Até quando a gripe vai matar mais de milhares de pessoas no mundo? Até quando tudo isso vai passar despercebido por nossos olhos? Não é só o planeta que precisa de ajuda. Nós também precisamos.
Antigamente os ecologistas eram vistos como empecilhos para a economia e política, suas idéias não eram bem quistas pelo governo, eram muitos gastos a serem feitos e muitos conceitos a serem restaurados. Porém, agora, os ecologistas vieram propondo novas soluções para os problemas atuais, e o livro mostra que teremos, ou melhor, precisamos acarretá-las.
Coisas que nem sequer notávamos estão presentes no livro. Ele consegue abrir nossa mente e nos fazer perceber que há toda uma manipulação perante a tecnologia, consumo, capital. Ativistas e pensadores vêm desenvolvendo, além de soluções para os problemas que estão atingindo o mundo, soluções para a melhoria de vida do ser humano. Reflorestamento, reciclagem, menos pobreza, menos poluentes, vacinas, consciência ambiental e social, soluções para doenças incuráveis; mais equilíbrio emocional, espiritual e qualidade de vida: é disso que precisamos.
Se pararmos para pensar, é fácil pararmos de poluir. Porém isso não irá acontecer tão cedo, afinal o lucro para as empresas fabricantes de automóveis, como a grande GM, se perderia totalmente, haveriam carros jogados aos cantos e o governo iria perder dinheiro. Se essa busca obsessiva por lucro acabasse, talvez conseguíssemos utilizar apenas bicicletas, assim como na cidade de Amsterdam, e poderíamos ter uma vida mais saudável e ainda ajudar o planeta. Reformular nossos conceitos e nosso padrão de vida, ajuda também a melhorar o mundo a nossa volta: essa é a mensagem que o livro trás.
Educação ambiental nas escolas e na sociedade é um caminho. A saúde é paralela à ecologia. A indústria do parto, o degelo nos pólos, a diminuição das árvores, a poluição do ar e da água e a invasão farmacêutica são problemas para os quais não se podem fechar os olhos. Contaminação nas fábricas e questões políticas não podem ficar encobertas ou fora de discussão. O desafio que se apresenta é mudar a mentalidade e o comportamento dos cidadãos, pois leis não são suficientes, e ecologia não é caso de polícia.



Opinião, Conclusão
Para mim, falta uma mudança geral de opinião, rotina e percepção. Mudanças terríveis estão acontecendo no mundo e todos fingem que nada está acontecendo, como se fosse a coisa mais normal do mundo florestas serem reduzidas a menos de 10%, ou que espécies de animais estejam sendo reduzidas de milhares para dezenas. Infelizmente a Terra está condenada por nossa culpa, e é preciso praticar já a famosa consciência ambiental.
“A preocupação perante o meio ambiente vem de dentro para fora, e se cada um fizer sua parte será bem mais fácil”. Esse é o clichê que mais se encaixa nos dias de hoje. Tudo bem que nossa cultura não vem repassando isso, pois nem sequer frases “não jogue papel no chão” ou “não polua o ar” são de grande impacto agora. As pessoas esquecem o mundo ao redor e continuam vivendo em seus mundos individualistas, esquecendo que guerras estão acontecendo, que as maiores florestas do mundo estão se perdendo e que animais símbolos estão sendo extintos. Um exemplo de poluição é a cidade de São Paulo: as pessoas não podem nem ver as estrelas a noite, pois há uma nuvem de poluentes no céu... As indústrias trabalham à mil, e os carros são tantos que daqui a alguns anos a cidade irá parar. Você acha isso correto? Acha justos que recursos tecnológicos nos privem da natureza? O ecossistema está em estado de alerta, basta querermos que o botão vermelho não seja apertado. Como em capítulos de novela, as tragédias que acontecem vão sendo esquecidas e todo dia novas desgraças ocorrem. Nós somos a mudança. Se conseguimos começar isso, podemos parar, ou ao menos amenizar a situação. Precisamos apenas de um equilíbrio.
“O aumento exagerado de uma população pode criar condição para um desequilíbrio ecológico, bem como a redução pode indicar que alguma coisa está errada, ameaçando a sobrevivência de todos, e do planeta.”